Da Agência EFE - Jaime Ortega Carrascal
A permanência do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, que completou uma semana, pôs o país em uma situação incômoda e sem precedentes no mundo da diplomacia.
A situação é interpretada dessa forma por diplomatas e políticos que expressaram seu mal-estar pelas dimensões que a crise ganhou desde que Zelaya entrou na embaixada em Tegucigalpa na condição de "hóspede", o que levou o Governo de fato a dar um ultimato de dez dias ao Brasil para que defina o status do governante deposto.
"O Brasil foi induzido ao erro. Não foi o país que orquestrou o retorno de Zelaya, mas se deparou com uma situação já criada quando foi informado de que Zelaya estava próximo da embaixada em Tegucigalpa. A alternativa era repelí-lo ou aceitá-lo e optou pela segunda opção sem medir a extensão do problema que estava sendo criado", disse à Agência Efe o diplomata aposentado Marcos Azambuja.
O especialista, que foi embaixador em Paris e Buenos Aires, diz que a responsabilidade pelo imbróglio diplomático em que está agora o país é da Venezuela, que montou a operação de retorno de Zelaya mas não o levou a sua própria embaixada, preferindo "usar a credibilidade e respeitabilidade do Brasil".
Para Azambuja, o Brasil foi explorado em sua boa fé, porque se transformou em um "refém de Zelaya", que usa a embaixada para "atividades políticas", em uma situação sem precedentes na história das relações diplomáticas.
"Se fosse um caso de asilo clássico, Zelaya estaria calado", afirmou Azambuja, para quem o caso do presidente deposto não se atém às normas internacionais de asilo, começando pelo fato de que essa condição deve ser outorgada a alguém que não tem garantias em seu próprio país e necessita sair, enquanto o que Zelaya fez foi voltar do exterior.
Apesar do golpe que tirou Zelaya do poder há três meses ter sido condenado pelas autoridades brasileiras, começando pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é evidente o mal-estar de alguns setores com a forma como o "hóspede" e os mais de 50 seguidores que o acompanham se comportam dentro da sede diplomática.
O presidente do Congresso, senador José Sarney, aliado de Lula, criticou a atividade proselitista do líder deposto e disse que a embaixada em Tegucigalpa não pode ser usada como se fosse um "comitê político".
"Esse abuso não é bom nem para Zelaya nem para o Brasil. A embaixada brasileira tem que zelar pelas leis que regulam o asilo e não interferir em assuntos internos de outros países", afirmou Sarney.
A imagem de Zelaya com a cara coberta pelo chapéu enquanto dorme em um sofá da embaixada, e de seus vários acompanhantes deitados na representação diplomática, causou além disso indignação entre os brasileiros, que veem a presença em massa como um abuso em um lugar que, pela Convenção de Viena sobre Privilégios e Imunidade Diplomática, é território brasileiro.
Mas além do mal-estar pelo fato de a embaixada brasileira ter se transformado em um cenário da crise hondurenha, existe também a rejeição ao ultimato que o governo interino de Roberto Micheletti deu ao Brasil e à ameaça de lhe retirar o status diplomático.
Lula deu um "não" taxativo a esse ultimato do Governo de Micheletti, o qual não é reconhecido por ele sob nenhuma circunstância, nem sequer como interino, enquanto cresce a preocupação pela segurança da embaixada e dos que estão em seu interior.
Uma comissão da Câmara dos Deputados viajará para Tegucigalpa nesta semana para ver de perto a situação da embaixada e dos brasileiros que vivem em Honduras, pois há o temor de que eles "possam sofrer represálias" pela hospedagem a Zelaya.
Para Azambuja, é evidente que o Brasil não pode permitir que a integridade física de Zelaya seja ameaçada, mas também tem que proteger seus cidadãos em Tegucigalpa e zelar para que os brasileiros que estão em Honduras não sejam intimidados.
"A embaixada não deixa de ser embaixada pela interrupção das relações diplomáticas", disse Azambuja, que considera que o ultimato de Micheletti não significa que a sede diplomática possa perder a "condição de zona privilegiada" que lhe garante a Convenção de Viena. EFE
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Invasão de embaixada é juridicamente possível
Mesmo o governo hondurenho negando a possibilidade de invasão.
João Paulo Charleaux - Jornal O Estado de S. Paulo
A idéia de entrar na Embaixada Brasileira em Tegucigalpa e simplesmente prender o presidente deposto Manuel Zelaya é "truculenta e pouco diplomática, mas juridicamente possível", disse ao Estado a professora de direito internacional da Universidade de São Paulo (USP), Maristela Basso.
"Assim como acreditou a missão brasileira, Honduras pode desacreditá-la para, em seguida, invadi-la. Do ponto de vista estritamente jurídico, as condições para isso estão dadas", disse Maristela. Segundo ela, ao abrigar Zelaya, "o Brasil está permitindo que suas instalações sejam usadas como um escritório voltado para a agitação política e a desordem pública. Isso é exceder-se em suas funções e não condiz com as normas internacionais".
A Convenção de Viena de 1961 determina a imunidade das missões diplomáticas no exterior, mas também proíbe, em seu artigo 43, que estas missões interfiram em assuntos políticos internos do Estado onde elas estão presentes. Por saber disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chanceler brasileiro, Celso Amorim, pediram a Zelaya que se abstivesse de fazer declarações políticas enquanto estivesse na embaixada brasileira, mas, até agora, o apelo não foi atendido.
Formalmente, Zelaya não é um asilado, nem poderia ser considerado refugiado. O governo brasileiro tenta prolongar indefinidamente sua estada na embaixada e, para isso, evita classificá-lo juridicamente. Ontem, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que o presidente deposto é um "hóspede oficial".
Para ser refugiado, Zelaya deveria cruzar alguma fronteira internacional, deixando seu país. Se viesse ao Brasil, seu pedido de refúgio teria de ser analisado por órgãos do Ministério da Justiça. Mas o movimento do presidente deposto foi inverso e ele luta para permanecer em Honduras em vez de sair.
Sua situação assemelha-se a de um "asilado diplomático", que permanece protegido no interior da embaixada sem necessariamente deixar o país. Esta classificação só existe na América Latina e foi inaugurada durante as ditaduras militares dos anos 60 e 70.
NOTA DO BLOG: Em que merda o governo brasileiro se meteu. O Brasil entrou num oito e não sabe como sair. E tudo gracias ao hermanito Hugo Chavez, bueno!
João Paulo Charleaux - Jornal O Estado de S. Paulo
A idéia de entrar na Embaixada Brasileira em Tegucigalpa e simplesmente prender o presidente deposto Manuel Zelaya é "truculenta e pouco diplomática, mas juridicamente possível", disse ao Estado a professora de direito internacional da Universidade de São Paulo (USP), Maristela Basso.
"Assim como acreditou a missão brasileira, Honduras pode desacreditá-la para, em seguida, invadi-la. Do ponto de vista estritamente jurídico, as condições para isso estão dadas", disse Maristela. Segundo ela, ao abrigar Zelaya, "o Brasil está permitindo que suas instalações sejam usadas como um escritório voltado para a agitação política e a desordem pública. Isso é exceder-se em suas funções e não condiz com as normas internacionais".
A Convenção de Viena de 1961 determina a imunidade das missões diplomáticas no exterior, mas também proíbe, em seu artigo 43, que estas missões interfiram em assuntos políticos internos do Estado onde elas estão presentes. Por saber disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chanceler brasileiro, Celso Amorim, pediram a Zelaya que se abstivesse de fazer declarações políticas enquanto estivesse na embaixada brasileira, mas, até agora, o apelo não foi atendido.
Formalmente, Zelaya não é um asilado, nem poderia ser considerado refugiado. O governo brasileiro tenta prolongar indefinidamente sua estada na embaixada e, para isso, evita classificá-lo juridicamente. Ontem, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que o presidente deposto é um "hóspede oficial".
Para ser refugiado, Zelaya deveria cruzar alguma fronteira internacional, deixando seu país. Se viesse ao Brasil, seu pedido de refúgio teria de ser analisado por órgãos do Ministério da Justiça. Mas o movimento do presidente deposto foi inverso e ele luta para permanecer em Honduras em vez de sair.
Sua situação assemelha-se a de um "asilado diplomático", que permanece protegido no interior da embaixada sem necessariamente deixar o país. Esta classificação só existe na América Latina e foi inaugurada durante as ditaduras militares dos anos 60 e 70.
NOTA DO BLOG: Em que merda o governo brasileiro se meteu. O Brasil entrou num oito e não sabe como sair. E tudo gracias ao hermanito Hugo Chavez, bueno!
O favelão do Zelaya
Chata essa estadia do presidente deposto de Honduras, Manuel Zalaya, na Embaixada do Brasil. Também nada a favor do presidente golpista Micheletti. Mas os palhaços estão no picadeiro e o circo é brazileyro.
Umas e outras sobre o espetáculo:
Esta é a primeira vez na história mundial que uma Embaixada se transforma comitê político. O caubói Zelaya está lá aboletado na Embaixada Brasleira junto com mais pelo menos 60 pessoas - número que já foi maior -, fazendo discursos e orientando a resistência oposionista no país. A embaixada virou a casa do Zé e sua Laya.
Se o governo brasileiro não reconhece o governo golpista, ainda que empossado pelo Congresso e pela Justiça daquele país, porque danado mantém uma embaixada por lá?
O ministro da Justiça Nelson Jobim, diz que Zelaya e sua turba são hospédes oficiais da pensão brasileira. Tudo que Zelaya não quer é asilo político do Brasil.
Pelo menos uma coisa está evidente nessa indigestão: O amadorismo da diplomacia brasileira.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Artigo de Alberto Dines - Honduras, funduras
O blog transcreve o sensato artigo do jornalista Alberto Dines, sobre a aventura diplomática brasileira em Honduras. A prospósito do assunto, representação norte-americana na OEA (Organização dos Estados Americanos) mostra as divergências do Colegiado, ao classificar de irresponsável o retorno e permanência do presidente deposto Manuel Zeláya, articulada pelo transloucado presidente venezuelano Hugo Chavez, que, muy amigo de Lula, acabou metendo o Brasil numa camisa de sete varas. Onde estão as bananas?
Honduras, funduras
Alberto Dines - Jornalista,
O nome viria das águas profundas da costa caribenha ou, mais provavelmente, do sistema de vales e montanhas onde o país se derrama. De qualquer forma, hondura em espanhol é profundidade, fundura, e no dicionário diplomático interamericano corre o risco de converter-se em sinônimo de um grande buraco.
A mais recente evidência deste perigoso poço onde podem despencar prestígios e tradições é o pedido do governo brasileiro à Espanha para intermediar a crise iniciada com o refúgio do presidente deposto, Manuel Zelaya, na embaixada brasileira de Tegucigalpa.
O Brasil entrega, assim, a honrosa posição de possível árbitro entre o governo de facto e o governo de jure que dividem Honduras, para tornar-se uma das partes do conflito. Há dias era cortejado pelos adversários, agora inapelavelmente envolvido, é obrigado a apelar à ONU para que a sua embaixada e, portanto, a sua soberania sejam respeitadas pela truculência dos gorilas que se abancaram no poder.
Nosso status no episódio mudou para pior. E, mais uma vez, por artes deste incansável estróina e trapalhão chamado Hugo Chávez, cuja compulsão de vangloriar-se o levou a assumir publicamente a responsabilidade pela transferência do presidente deposto para o seu país. Zelaya, por sua vez, contagiado pelo parceiro ou também vocacionado para a fanfarronice, admitiu que a busca de abrigo em nossa embaixada na capital hondurenha era do conhecimento do governo Lula.
O Brasil consolidava-se como uma alternativa responsável à parlapatice chavista e agora entra na história como parceiro de mais um fiasco do dirigente venezuelano. Novamente a pressa, outra vez a afobação. Esta ansiedade para agarrar todas as oportunidades denota antes de tudo a ausência de um master-plan, fragilidade estratégica. Todos querem chutar em gol, mas a bola é uma só.
O veemente apelo para o fim do embargo a Cuba no privilegiado pódio da Assembleia Geral da ONU em Nova York, dias depois, ficou prejudicado pela esdrúxula e inconfortável reversão em nossa posição. Agora, somos nós a angariar simpatias e apoios em causa própria.
Como observou o analista Caio Blinder, agora “o cara” é Obama. Não será o presidente Sarkozy quem poderá obrigar Roberto Micheletti, presidente em exercício de Honduras, a interromper o cerco à embaixada brasileira. Nem José Luiz Zapatero, presidente do conselho da Espanha, a quem apelamos para mediar a crise.
O presidente Lula embarcou para os EUA preparado para colher triunfos e pode regressar de mãos abanando. Ou, pior, obrigado a agradecer a solidariedade norte-americana e o apoio recebido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Acossado por seus demônios íntimos e pelos que continuamente desperta à sua volta, o presidente Hugo Chávez não pode parar, necessita manter-se nas manchetes. Acrobata – apesar do peso – não consegue reprimir-se diante de um trapézio. Sente-se obrigado a dar o salto mortal.
O presidente Lula, ao contrário, é um hábil sobrevivente. Sempre soube preservar-se, expert em evitar desafios inúteis. Não havia motivos para esta aceleração. Tudo o favorecia tanto no plano econômico – crucial – como de prestígio internacional. As dificuldades preliminares na corrida eleitoral seriam facilmente contornadas se a equipe palaciana não abrisse tantas frentes simultâneas e acionasse tantos alarmes emergenciais. Agora, novas pressões serão inevitáveis. Lula será cobrado e Lula não gosta de ser cobrado.
A pequena e distante Honduras, quem diria, vai entrar em nossa história.
Honduras, funduras
Alberto Dines - Jornalista,
O nome viria das águas profundas da costa caribenha ou, mais provavelmente, do sistema de vales e montanhas onde o país se derrama. De qualquer forma, hondura em espanhol é profundidade, fundura, e no dicionário diplomático interamericano corre o risco de converter-se em sinônimo de um grande buraco.
A mais recente evidência deste perigoso poço onde podem despencar prestígios e tradições é o pedido do governo brasileiro à Espanha para intermediar a crise iniciada com o refúgio do presidente deposto, Manuel Zelaya, na embaixada brasileira de Tegucigalpa.
O Brasil entrega, assim, a honrosa posição de possível árbitro entre o governo de facto e o governo de jure que dividem Honduras, para tornar-se uma das partes do conflito. Há dias era cortejado pelos adversários, agora inapelavelmente envolvido, é obrigado a apelar à ONU para que a sua embaixada e, portanto, a sua soberania sejam respeitadas pela truculência dos gorilas que se abancaram no poder.
Nosso status no episódio mudou para pior. E, mais uma vez, por artes deste incansável estróina e trapalhão chamado Hugo Chávez, cuja compulsão de vangloriar-se o levou a assumir publicamente a responsabilidade pela transferência do presidente deposto para o seu país. Zelaya, por sua vez, contagiado pelo parceiro ou também vocacionado para a fanfarronice, admitiu que a busca de abrigo em nossa embaixada na capital hondurenha era do conhecimento do governo Lula.
O Brasil consolidava-se como uma alternativa responsável à parlapatice chavista e agora entra na história como parceiro de mais um fiasco do dirigente venezuelano. Novamente a pressa, outra vez a afobação. Esta ansiedade para agarrar todas as oportunidades denota antes de tudo a ausência de um master-plan, fragilidade estratégica. Todos querem chutar em gol, mas a bola é uma só.
O veemente apelo para o fim do embargo a Cuba no privilegiado pódio da Assembleia Geral da ONU em Nova York, dias depois, ficou prejudicado pela esdrúxula e inconfortável reversão em nossa posição. Agora, somos nós a angariar simpatias e apoios em causa própria.
Como observou o analista Caio Blinder, agora “o cara” é Obama. Não será o presidente Sarkozy quem poderá obrigar Roberto Micheletti, presidente em exercício de Honduras, a interromper o cerco à embaixada brasileira. Nem José Luiz Zapatero, presidente do conselho da Espanha, a quem apelamos para mediar a crise.
O presidente Lula embarcou para os EUA preparado para colher triunfos e pode regressar de mãos abanando. Ou, pior, obrigado a agradecer a solidariedade norte-americana e o apoio recebido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Acossado por seus demônios íntimos e pelos que continuamente desperta à sua volta, o presidente Hugo Chávez não pode parar, necessita manter-se nas manchetes. Acrobata – apesar do peso – não consegue reprimir-se diante de um trapézio. Sente-se obrigado a dar o salto mortal.
O presidente Lula, ao contrário, é um hábil sobrevivente. Sempre soube preservar-se, expert em evitar desafios inúteis. Não havia motivos para esta aceleração. Tudo o favorecia tanto no plano econômico – crucial – como de prestígio internacional. As dificuldades preliminares na corrida eleitoral seriam facilmente contornadas se a equipe palaciana não abrisse tantas frentes simultâneas e acionasse tantos alarmes emergenciais. Agora, novas pressões serão inevitáveis. Lula será cobrado e Lula não gosta de ser cobrado.
A pequena e distante Honduras, quem diria, vai entrar em nossa história.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
PCdoB realiza conferência municipal no sábado em Mossoró
O Diretório Municipal do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em Mossoró, realiza a Conferência Municipal no sábado (26). Será às 9h, na sede do Lesgilativo.
O presidente do comitê local, Gutemberg Dias, diz que a conferência municipal é a preparação para as conferências estadual e nacional.
O presidente do comitê local, Gutemberg Dias, diz que a conferência municipal é a preparação para as conferências estadual e nacional.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Rio Grande em Feira de Santana
O jornalista Jânio Rego (na foto de camiseta escura), o nosso embaixador em Feira de Santana, e também editor-chefe do blogadafeira.com.br, montou estande no Aberto 2009: 14 Horas de Arte e Cultura, evento promovido pela prefeitura, para divulgar a cultura potiguar. Livros e cordéis foram o destaque da banca. Em Feira de Santana residem muitos potiguares. Muito ótimo, como diria o velho e bom Canindé Queiroz!
Cançago e cangaceiros
O historiador e advogado Francisco Honório Medeiros faz hoje uma palestra no Crato (CE), que tem como tema: Massilon, verdadeiras causas da invasaão de Mossoró. Doutor Honório é uma das maiores autoridades sobre Massilon, o cancegeiro que incentivou Lampião a invadir Mossoró, uma história até hoje meio mal contada. O ataque aconteceu, mas Lampião não entrou no combate. E o motivo, ao que parece, não foi bem os que se propaga na versão oficial.
A palestra faz parte da programação do Seminário Cariri Cangaço. Chico Honório sabe das coisas.
A palestra faz parte da programação do Seminário Cariri Cangaço. Chico Honório sabe das coisas.
A Flipa da Pipa
Começa hoje o Festival Literário da Pipa - FLIPA, que vai rolar até domingo na praia homônima, localizada no litoral sul potiguar. O evento vai reunir escritores e toda fauna intelectual deste Rio Grande e do país, com palestras, debates, lançamentos literários e outros bocados culturais.
Entre os convidados nomes como Danuza Leão, Ronaldo Correia de Brito, Lobão, Marina Colasanti, Daniel Piza, Heloísa Buarque de Hollanda, Nei Leandro de Castro e outros autores. A programação ainda consta de quinze oficinas dentro do projeto inédito Pipinha Literária, envolvendo professores, mestres, escritores e arte-educadores; e uma outra a oficina: A Preparação do Escritor, conduzida por Raimundo Carrero.
O editor sebista Abimael Silva também vai estar com a tenda armada, lançando três novos títulos do selo Sebo Vermelho. Durante a noite estão programados shows musicais presença da banda Perfume de Gardênia, Cleudo Freire, Carlos Zens e Galvão Filho, entre outros talentos da taba. Biscoito Fino!
Entre os convidados nomes como Danuza Leão, Ronaldo Correia de Brito, Lobão, Marina Colasanti, Daniel Piza, Heloísa Buarque de Hollanda, Nei Leandro de Castro e outros autores. A programação ainda consta de quinze oficinas dentro do projeto inédito Pipinha Literária, envolvendo professores, mestres, escritores e arte-educadores; e uma outra a oficina: A Preparação do Escritor, conduzida por Raimundo Carrero.
O editor sebista Abimael Silva também vai estar com a tenda armada, lançando três novos títulos do selo Sebo Vermelho. Durante a noite estão programados shows musicais presença da banda Perfume de Gardênia, Cleudo Freire, Carlos Zens e Galvão Filho, entre outros talentos da taba. Biscoito Fino!
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Os ratos do poder
A Câmara Federal decidiu mudar a proposta de reforma eleitoral aprovada pelo Senado. os deputados federais derrubaram o dispositivo que impedia a candidatura de políticos com ficha suja.
Nada mais natural, uma vez que a Câmara Federal está lotada de deputados de ficha suja, respondendo processos e investigações das mais diversas. Pobre Brasil.
Nada mais natural, uma vez que a Câmara Federal está lotada de deputados de ficha suja, respondendo processos e investigações das mais diversas. Pobre Brasil.
Charles Baudelaire
EMBRIAGUEM-SE
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Blog do Carlos Santos lidera em Mossoró
O blog do jornalista Carlos Santos (www.blogdocarlossantos.com.br) lidera dos acessos de internet entre os mossoroenses. A constatação foi feita em pesquisa de opinião pública realizada pela Consult, empresa com mais de 20 anos no mercado. De acordo com a pesquisa, o Blog do Carlos Santos leva o primeiro lugar com 28.8%; mais atrás vem os portais da UOL com 13.7%; e o Globo.com 5.5%; o blog de Ricardo Noblat – que é integrado ao sistema Globo - tem 2.7% e está empatado com o Tio Colorau (www.tiocolorau.com.br) também de Mossoró. A liderança de Carlos Santos deve-se ao trabalho ético e dinâmico impresso pelo jornalista, que sem dúvidas é um dos mais bem informados daquela taba e deste estado. Merece!
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Quarteto francês toca na escola de música
O quarteto de jazz francês Lafé Bemé se apresenta hoje (15), em Natal. O show será às 20h, no Auditório da Escola de Música da UFRN, tendo ainda a apresentação a Big Band Jerimun Jazz. A entrada é grátis. A inicviativa faz parte do projeto Ano da França no Brasil.
Amanhã às 9h, no mesmo local, o grupo Lafé Bemé realiza uma oficina para os músicos e amantes do Jazz . O grupo vem a convite do Governo do Estado, através da Fundação José Augusto e do Instituto de Música Waldemar de Almeida, e da Aliança Francesa que têm coordenado as ações do Ano da França no Rio Grande do Norte.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Começa Goiamum Audiovisual 2009
A terceira edição do Goiamum Audiovisual 2009 começa hoje (14), com o coquetel de abertura, e homenagem ao maquiador Amaro Bezerra, às 19h, no Solar Bela Vista, na cidade alta.
A programação se estende até o dia 23, com uma série de atividades tendo como base a Praça Augusto Severo, na Ribeira, e também na Biblioteca Zila Mamede da UFRN, Circo Grock, Sesc, Solar Bela Vista, Ong Canto Jovem e uma mostra itinerante nos bairros da cidade. Destaque para a Mostra Glauber- 70, com obras do mais polêmico diretor do cinema brasileiro, Glauber Rocha.
A edição do Goiamum 2009 ainda consta do encontro de cineclubes do nordeste, a reunião para a articulação de uma rede de audiovisual para o nordeste e o encontro do Fórum Potiguar do Audiovisual. Outras informações no www.goiamumaudiovisual.org.br
O evento é interessante, só esperamos que os erros da edição passada não se repitam, como aqueles ocorridos na Mostra do Cinema Indiano, em que foram anunciados determinados filmes na programação e exibidos outros sem qualquer satisfação ao público presente. Ademais, vamos as telas!
O petróleo é quase nosso
A Petrobras investiu em pesquisas e na alta tecnologia para descobrir petróleo na região pré-sal oceânica. Descobriu. O natural seria que a Petrobras fosse detentora da exploração. Seria. Porém o governo federal já apressou e vendeu uma parte da área através de leilão, e agora quer criar uma nova estatal para explorar o petróleo do pré-sal. Realmente mudou muito o sentimento nacionalista dessa esquerda que comanda o poder no Brasil, que em passado recente defendia com fervor o monopólio da Petrobras na exploração petrolífera.
E essa pressa em aprovar a legislação do pré-sal? O que anda por trás dessa história? Parece que o buraco é mesmo mais embaixo.
E essa pressa em aprovar a legislação do pré-sal? O que anda por trás dessa história? Parece que o buraco é mesmo mais embaixo.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Vereadores denunciam rasura de documentos pela Prefeitura de Natal
A vereadora Júlia Arruda (PSB) está acusando a Prefeitura de Natal de rasurar data de documentos, para garantir validade da assinatura da prefeita Micarla de Souza (PV) no vetos de projetos enviados pela Câmara Municipal. O vereador Raniére Barbosa (PSC) é outro que denuncia o estelionato de documentos nos porões da prefeitura. É bronca.
Antônio Ronaldo lança Sátiro no TCP
É hoje que o compositor Antonio Ronaldo lança Sátiro, o seu primeiro disco no mercado potiguar. O show será às 19 horas, no TCP (anexo a Fundação Zé Augusto), no Tirol, com entrada franca. O CD custa 10 reais e estará à disposição do público.
O disco traz canções próprias e em parceria com outros parceiros. Também tem a participação especial de Geraldo Carvalho, Cida Lobo e Manasses Campos. Antônio Ronaldo tem várias músicas gravadas na voz de outros cantores, agora grava suas músicas, mesclando um repertório de ritmos diversos e cheio de brasilidade. Um projeto acalentado há anos que agora se materializa.
Ronaldo é bom poeta e faz canções interessantes.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Fazenda Altos
Hospital polui em Pau dos Ferros
Fezes, urina e até mesmo sangue de uma fossa estourada do Hospital Regional Cleodon Carlos de Andrade em Pau dos Ferros, principal cidade do Alto Oeste potiguar, são jogados no leito do Rio Apodi/Mossoró. O flagrante do crime ambiental foi feito pelo professor Mazinho Capote.
O problema é agravado pelo fato do município de Pau dos Ferros não dispor de sistema de esgotamento sanitário. Mazinho Capote lamenta que a unidade de saúde dê sumiço ao seu lixo, gerado na urgência/emergência, no sentido de uma das fontes hídricas mais importantes da região. Leia mais no www.blogdocarlossantos.com.br
Sujeira urbana
O carro do lixo deixou de passar no dias de feriadão. Mais uma vez o lixo se amontoa nas calçadas e canteiros públicos. Esqueceu os bairros, em Petrópolis até a manhã de hoje as moscas e gatos de rua faziam à festa nos sacos de lixo. Imagino o mesmo nos outros bairros. A limpeza das ruas também deixa à desejar. Algumas coisas mudaram na prefeitura de natal, não sei se por economia ou descaso, a gestão da Urbana está visivelmente pior. Bem que o Partido Verde podia mudar nisso.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Pau dos Ferros faz 153 anos renovada
A cidade de Pau dos Ferros comemora nesta sexta-feira 153 anos de emancipação política. Antes a cidade era parte do território de Portalegre, um dos mais antigos municípios do sertão rio-grandense.
A data está sendo comemorada em grande estilo com um programação bem diversificada, que inclui entre outras coisas, a FINECAP - Feira Intermunicipal de Educação, Cultura, Turismo e Negócios do Alto Oeste Potiguar, movimentando toda a tromba do elefante.
Cidade próspera. Cidade pólo do Alto Oeste (foto da prefeitura, postada por Kelina Saldanha). Cidade velha, velha Sesmaria do Séc.18.
Terra de Zé Papagaio Rego, velho sertanejo, fazendeiro dos arrabaldes, que é tio do meu amigo Jânio Rego, e tantas outras figuras bacanas do lugar. Salve Pau dos Ferros!
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Exposição de animais começa sexta em Feira de Santana
Em Feira de Santana, os pecuaristas baianos se reúnem na Expofeira 2009. O evento começa na sexta-feira e deve reunir em torno de 1,5 mil animais, além da máquinas e implementos agrícolas. Na terça-feira (08) está programado um grande leilão virtual, transmitido pela Rede Terra Viva, a partir das 20 horas, com plantéis de gado de corte - destaque para a raça Guzerá, também gado de leite, caprinos, ovinos e cavalos da raça Mangalarga. Leia mais no www.blogdafeira.com.br
Prefeitura aperfeiçoa sistema de sonegação de informações
E a mais que bela vereadora Júlia Arruda (PSB) vem comendo tocha para conseguir informações na Prefeitura de Natal. Já faz três meses que a parlamentar protocolou o pedido de informações sobre a compra de passagens aéreas no valor R$ 290 mil à empresa Harabelo com dispensa de licitação, mas até agora nada. As passagens foram compradas com recursos destinados ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e ao Conselho Municipal das Pessoas Portadoras de Deficiência conforme publicação do Diário Oficial do Município.
Também tô sabendo que tem gente há seis meses aguardando o desarquivamento de processo na Secretaria de Tributação Municipal, um procedimento simples que na Justiça do Trabalho leva apenas 48 horas. O negócio parece que é mais entocado que orelha de freira. Tá difícil!
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