sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Poema de Carlos Pena Filho

As dádivas do amantes

Deu-lhe a mais limpa manhã
Que o tempo ousara inventar.
Deu-lhe até a palavra lã,
E mais não podia dar.

Deu-lhe o azul que o céu possuía
Deu-lhe o verde da ramagem,
Deu-lhe o sol do meio dia
E uma colina selvagem.

Deu-lhe a lembrança passada
E a que ainda estava por vir,
Deu-lhe a bruma dissipada
Que conseguira reunir.

Deu-lhe o exato momento
Em que uma rosa floriu
Nascida do próprio vento;
Ela ainda mais exigiu.

Deu-lhe uns restos de luar
E um amanhecer violento
Que ardia dentro do mar.
Deu-lhe o frio esquecimento
E mais não podia dar.

Seresteiro da noite


O cantor Amado Batista se apresenta hoje no Boulevard, em Nova Parmirim. Faz o show Meu Louco Amor. Amado é um dos ícones do romantismo brasileiro e está em cartaz há 35 anos. Brega do bom.

Campanha vazia

Por Walter Hupsel - Yahoo Noticias!

A campanha eleitoral acaba hoje, e foi uma das mais baixas e vazias que já vi. Os grandes e importantes temas deram lugar à discussão moral com os candidatos renegando suas histórias para agradar a uma certa parcela do eleitorado. Já vai tarde.


PS: O blog concorda plenamente.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Poemeu

A socialista

Ela carrega na mão
Olga, de Fernando Morais.

Na bolsa, um
adesivo do partido.

Na cabeça, pulsantes
idéias da militância.

Politizada, a socialista
quando relaxa é uma delícia.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Maconha nas urnas

Na Califórnia (EUA) os eleitores vão decidir em plebiscito na próxima semana, se o uso, cultivo e venda de maconha por maiores de 21 anos devem ser legalizados.

A proposta é críticada pelo México, Colômbia e também pelo governo federal norte-americano, mas o estado californiano acredita que a legalização será um golpe no
narcotráfico, com o aumento a arrecadação com a cobrança de impostos (elevados) sobre o produto, além de proporcionar maior controle social entre os usuários da erva.

Rua da Conceição


Cidade Alta - Natal-RN;

Pouca essência

Como são pobres de idéias os candidatos à presidência da República. Os debates mostraram isso. Dilma e Serra foram de uma mesmice imensa. Pobre Brasil.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Portalegre rural


Casa de taipa na mata de Portalegre - RN

Jogo estranho

Por Fernando de Barros e Silva
FSP

SÃO PAULO – Este foi um segundo turno estranho. Digo “foi” porque há a sensação de que, além de estranho, já acabou. Por exaustão. Por carência de ideias. Por excesso de chatice. Pelas falsas polêmicas…

Acabou, antes de mais nada, porque Dilma Rousseff deve ser eleita no domingo, a não ser que José Serra produza em cinco dias o milagre que não foi capaz de fazer desde que se lançou, em abril.

Tem-se, hoje, a impressão de que o tucano não encontrou o tom da campanha e esgotou suas armas. Quais foram elas? Um capacete na cabeça e um crucifixo na mão.

A insistência no tema do aborto, com o trololó religioso que durou semanas, e a valorização estridente da agressão de que foi vítima no Rio são sintomas de um candidato sem foco, desesperadamente em busca de algo em que se agarrar.

Só isso explica, também, o acesso populista do tucano austero, que promete elevar o salário mínimo a R$ 600, aumentar em 10% o valor da aposentadoria e pagar 13º para os beneficiários do Bolsa Família. Serra quis parecer o Lula do Lula.

Mobilizando a agenda conservadora ou mimetizando a pauta petista, o tucano apostou sempre e tão somente em si mesmo, na sua capacidade de fazer, mandar, decidir.

Pode soar estranho, porque se trata de um personagem doente de tão racional, mas Serra é um candidato com forte traço messiânico.

Mas o que ou quem ele quer salvar? Os pobres? A democracia? Os valores da família? A nossa fé? Apesar de ser mais aparelhado do que sua adversária, o tucano se desvirtuou no processo eleitoral, sem, no entanto, conseguir romper o encanto do lulismo nem propor uma discussão séria do país, que fosse além da sua obsessão pessoal.

Parece mais fácil (é essa a inclinação da maioria) atribuir a provável derrota tucana aos “erros” do candidato, e não às dificuldades objetivas de enfrentar a escolhida de Lula na conjuntura atual. Serra colaborou para que as pessoas cometessem essa injustiça com ele.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

OAB repudia mordaça à imprensa

Da Agência Brasil

A iniciativa de estados de propor a criação de conselhos de comunicação para regulamentar a atuação da mídia foi criticada hoje (25) pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O presidente nacional da entidade, Ophir Cavalcante, disse que a decisão contraria a Constituição. Segundo ele, é uma forma de limitar a liberdade de imprensa no país.

O Ceará foi o primeiro estado a tomar a iniciativa. Na semana passada, a Assembleia Legislativa cearense aprovou a criação de um conselho, vinculado à Casa Civil, com a função de “orientar”, “fiscalizar”, “monitorar” e “produzir relatórios” sobre a atividade dos meios de comunicação, em suas diversas modalidades. A Bahia, o Piauí, Alagoas e São Paulo também estudam a proposta.

A criação dos conselhos foi uma recomendação da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que ocorreu no final de 2009. Para os defensores da proposta, os conselhos funcionarão para impedir que ocorra manipulação de setores econômicos e que a sociedade seja prejudicada.

“Não podemos tolerar iniciativas que, ainda que de forma disfarçada, tenham como objetivo restringir a liberdade de imprensa. A OAB vai ter um papel crítico e ativo no sentido de ajuizar ações diretas de inconstitucionalidade contra a criação desses conselhos”, afirmou Ophir.

Para OAB, a criação de conselhos estaduais é um fato “extremamente preocupante”. “Isso aparenta ser um movimento concertado entre vários líderes políticos com o intuito de restringir o papel da imprensa”, disse Ophir.

Em Alagoas, há uma proposta em análise que transforma o conselho consultivo em deliberativo. No Piauí, existe a ideia de instituir o órgão para acompanhar o cumprimento das regras de radiodifusão. Na Bahia, o objetivo é vincular o conselho à Secretaria de Comunicação Social do Estado. Em São Paulo, está em tramitação uma proposta semelhante à aprovada no Ceará.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Poema de John Donne

A Proibição

Tem cuidado ao amar-me.
Pelo menos, lembra-te que to proibi.
Não que restaure o meu pródigo desperdício
De alento e sangue, com teus suspiros e lágrimas,
Tornando-me para ti o que foste para mim,
Mas tão grande prazer desgasta a nossa vida duma vez.
Para evitar que teu amor por minha morte seja frustrado,
Se me amas, tem cuidado ao amar-me.

Tem cuidado ao odiar-me,
E com os excessos do triunfo na vitória,
Ou tornar-me-ei o meu próprio executor,
E do ódio com igual ódio me vingarei.
Mas tu perderás a pose do conquistador,
Se eu, a tua conquista, perecer pelo teu ódio:
Então, para evitar que, reduzido a nada, eu te diminua,
Se tu me odeias, tem cuidado ao odiar-me.

Contudo, ama-me e odeia-me também.
Assim os extremos não farão o trabalho um do outro:
Ama-me, para que possa morrer do modo mais doce;
Odeia-me, pois teu amor é excessivo para mim;
Ou deixa que ambos, eles e não eu, se corrompam
Para que, vivo, eu seja teu palco e não teu triunfo.
Então, para que o teu amor, ódio, e a mim, não destruas,
Oh, deixa-me viver, mas ama-me e odeia-me também.


*Do livro: Poemas Eróticos
Tradução de Helena Barbas

Jornalistas não

A candidata a presidência da República, Dilma Roussef (PT), através de sua asessoria, vetou a participação de jornalistas fazendo perguntas nos próximos debates. Ao que parece, a presença dos jornalistas em recente debate na Rede TV incomodou a candidata governista.

Pelo andor da carruagem fica a dúvida quanto ao futuro da liberdade de expressão.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sertão potiguar


Jucurutu - Seridó.

A miséria do crack

As investigações policiais apontam que o jornalista F.Gomes foi assassinado a mando do comando do tráfico de drogas em Caicó. O mote do crime teria sido a denúncia da compra de votos por crack nas eleições deste ano.

F.Gomes era um dos mais conceituados repórteres policiais desta velha taba potiguar. Homem correto. Vai fazer falta!

Prêmio de Jornalismo da FIERN

Estão abertas, até o dia 25 de novembro, as inscrições para o Prêmio Fiern de Jornalismo 2010, que este ano tem como tema: A indústria e o d esenvolvimento econômico do RN. As inscrições podem ser feitas no site www.fiern.org.br, onde consta o regulamento. Serão distribuídos R$ 35 mil em prêmios em seis modalidades: Jornalismo Impresso, Radiojornalismo, Telejornalismo, Fotojornalismo e Jornalismo On-line, além da categoria Especial Estudante, que é a grande novidade do prêmio.

A Biblioteca de Caicó na Feira do Livro


O escritor Moacy Cirne lança hoje o livro A Biblioteca de Caicó - ensaios sobre vanguarda, semiologia e cultura de massa, pela editora Sebo Vermelho. A edição em fac-símile resgata a obra publicada originalmente na década de 80, onde o autor discute a produção e estética cultural sob um olhar crítico. O lançamento faz parte da programação da Feira do Livro do Serídó, que começa hoje e vai até sábado na cidade de Caicó.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Açude de Lucrécia

Modulando as artes plásticas

A Funcarte, através do Núcleo de Qualificação e Empreendedorismo Cultural, em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), de Pernambuco, promovem o curso introdutório de artes plásticas. Será de19 e 22 de outubro no auditório da Funcarte. O módulo tem o tema "Tudo o que você gostaria de conversar sobre arte contemporânea e não teve a quem perguntar''.

As inscrições para o curso acontecem até o dia 19 de outubro e devem ser feitas através do email nucleodequalificacao@hotmail.com. Os interessados devem enviar nome completo e telefone para contato. As aulas acontecem entre os dias 19 e 22 de outubro, no auditório da Funcarte das 14h às 18h. Será cobrada uma taxa de R$ 10.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Pretextos de Falves Silva


O artista multimídia Falves Silva botou nas ruas o livro PreTextos, uma edição bem acabada e original, reunindo poemas, colagens, e outras montagens cuidadosas em papel especial. A tiragem é limitada.

Os exemplares podem ser adquiridos diretamente com o artista, que aos sábados está sempre circulando pela cidade alta. A edição tem o apoio da Oficina Gráfica do Sebo Vermelho.

Falves é um dos papas do movimento Poema Processo. Está na ativa desde os anos 60. Falves Silva, um dinossauro desse Rio Grande!

Sem medo do passado

Por Fernando Henrique Cardoso, ex-Presidente da República.


O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos. Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita.

Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?

A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês…). Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições. Como desconstruir o inimigo? Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido. Onde está a política mais consciente e benéfica para todos? No ralo.

Na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi “neoliberal” – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social. Os dados dizem outra coisa. Mas os dados, ora os dados… O que conta é repetir a versão conveniente. Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal. Esqueceu-se do fortalecimento do Banco do Brasil, capitalizado com mais de R$ 6 bilhões e, junto com a Caixa Econômica, libertados da politicagem e recuperados para a execução de políticas de Estado.

Esqueceu-se dos investimentos do programa Avança Brasil, que, com menos alarde e mais eficiência que o PAC, permitiu concluir um número maior de obras essenciais ao país. Esqueceu-se dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares; do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal; de que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada; de que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país.

Esqueceu-se de que o país pagou um custo alto por anos de “bravata” do PT e dele próprio. Esqueceu-se de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI – com aval de Lula, diga-se – para que houvesse um colchão de reservas no início do governo seguinte. Esqueceu-se de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003, para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.

Os exemplos são inúmeros para desmontar o espantalho petista sobre o suposto “neoliberalismo” peessedebista. Alguns vêm do próprio campo petista. Vejam o que disse o atual presidente do partido, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras, citado por Adriano Pires, no Brasil Econômico de 13/1/2010. “Se eu voltar ao parlamento e tiver uma emenda propondo a situação anterior (monopólio), voto contra. Quando foi quebrado o monopólio, a Petrobras produzia 600 mil barris por dia e tinha 6 milhões de barris de reservas. Dez anos depois, produz 1,8 milhão por dia, tem reservas de 13 bilhões. Venceu a realidade, que muitas vezes é bem diferente da idealização que a gente faz dela”.

O outro alvo da distorção petista refere-se à insensibilidade social de quem só se preocuparia com a economia. Os fatos são diferentes: com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo, com alguma oscilação, até atingir 18% em 2007, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas, entre elas o aumento do salário mínimo. De 1995 a 2002, houve um aumento real de 47,4%; de 2003 a 2009, de 49,5%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores, descontada a inflação, não cresceu espetacularmente no período, salvo entre 1993 e 1997, quando saltou de R$ 800 para aproximadamente R$ 1.200. Hoje se encontra abaixo do nível alcançado nos anos iniciais do Plano Real.

Por fim, os programas de transferência direta de renda (hoje Bolsa-Família), vendidos como uma exclusividade deste governo. Na verdade, eles começaram em um município (Campinas) e no Distrito Federal, estenderam-se para Estados (Goiás) e ganharam abrangência nacional em meu governo. O Bolsa-Escola atingiu cerca de 5 milhões de famílias, às quais o governo atual juntou outras 6 milhões, já com o nome de Bolsa-Família, englobando em uma só bolsa os programas anteriores.

É mentira, portanto, dizer que o PSDB “não olhou para o social”. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da Aids tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa “Toda Criança na Escola” trouxe para o Ensino Fundamental quase 100% das crianças de sete a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de 3 milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).

Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Poema de Orides Fontela

Desafio

Contra as flores que vivo
contra os limites
contra a aparência a atenção pura
constrói um campo sem mais jardim
que a essência.

Faltando simancol

Foda é ser chamado de bundão e ainda balançar o rabo.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Política bem humorada

O que é Politica?

Joãozinho tem de fazer um trabalho de aula e pergunta ao pai se acaso poderia fazer uma pergunta:
- Claro que sim, meu filho.
- Papai, o que é política?
- Bem meu filho, a política envolve uma série de fatores, como o poder econômico, a classe trabalhadora, o governo, o povo e o futuro do país. Entendeu?
- - Não muito bem.
- Ok. vou dar o exemplo aqui de casa:
- Sou eu quem traz o dinheiro aqui pra dentro, portanto sou o poder econômico. A sua mãe é quem administra, gasta o dinheiro e portanto ela é o governo. Nós somos quem suprimos suas necessidades, portanto você é o povo. Seu irmão menor é o futuro do país. E a Zefinha, sua babá, é a classe trabalhadora. Entendeu???
- Acho que sim.
A noite, acordado pelo choro de seu irmão mais novo, levanta e vai até seu quarto e percebe que sua fralda estava suja e toda emporcalhada. Vai até o quarto dos pais e vê que a mãe dormia em um sono pesado. Vai ao quarto da babá, bate na porta e ninguém escuta, espia pelo buraco da fechadura e vê seu pai na cama com ela. O menino volta ao seu quarto e dorme.
Logo pela manhã, diz ao pai que entendeu o que é política:
- Ótimo meu filho, então me explica.
- Bem, enquanto o poder econômico fode com a classe trabalhadora, o governo dorme um sono pesado, o povo é ignorado e o futuro do país fica na merda.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Feijoada carioca

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Cultura judaica

Acontece no dia 11 de outubro o II Encontro de Cultura Judaica do Rio Grande do Norte, evento que terá como tema: A presença judaica na formação do Nordeste Brasileiro.O encontro acontecerá no auditório B/CCHLA/UFRN, numa realização da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/CCHLA com apoio do Centro Israelita do RN (CIRN) e o Grupo de Estudos Judaicos de Natal.

Segundo os organizadores, a intenção é fazer um levantamento histórico cultural das raízes judaicas do Nordeste brasileiro, com especial enfoque no Estado do Rio Grande do Norte; divulgar trabalhos científicos, artísticos e culturais já realizados com o tema; fomentar o diálogo étnico-cultural, a tolerância e o respeito à diversidade cultural. A palestra de abertura será proferida por Anita Novinsky, coordenadora do Laboratório de Estudos da Intolerância da USP.

Mais informações http://www.cchla.ufrn.br/juas/

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Tempo nulo

Por François Silvestre

Que miserável tempo é esse? Que não se respeita o direito ao não. Que se justifica voto e adesão sob a bengala do menor mal. De quem se acha no direito de escolher e impor o que é o menor mal. Não venho de tempo sereno, não venho de tempo sensato. Venho do tempo da liberdade cobrada com sangue. Guardando nas ventas o cheiro de carne podre, nas paredes de corredores escuros onde se derramava a placenta da violência nascida e a liberdade era apenas um amontoado de rugas. Não posso ser sereno. Não me foi dada a herança da sensatez . Eu quero a utopia. Eu quero o delírio. É meu direito de querer. Não chamo ninguém pra vir comigo. Vou só. A minha solidão tem o topete de não se iludir com a fantasia da esmola. O meu voto vale pouco, porque a democracia onde ele reside não vale nada. Não troco a liberdade que ganhei às custas dos restos mortais de companheiros que se perderam na sua grandiosidade, pela liberdade que me oferecem ao preço da minha pequenez. Quero a utopia. Quero o delírio. Alguém aí os tem para oferecer? Se não, me deixem em paz. Ou não me ofereçam lições que não pedi. Basta-me a companhia de Zé Régio. Não sei pra onde vou…não sei pra onde vou…Sei que não vou por aí.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Poema de Cecilia Meireles

Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...

Pneu com amor


"Spread your love" (Espalhe seu amor), é o projeto do iraniano Hamed Kohan, finalista do Seoul Cycle Design Competition 2010.