O Rio Grande
do Norte - pobre e sem sorte - caminha para mais um equívoco ao aprovar a criação
de mais cinco municípios no território potiguar. Estamos à mercê do senso ou
sanha dos nossos políticos mandatários. Foi notícia no jornal.
Mas todos sabem que a maioria dos municípios do estado é pobre economicamente, e sobrevive às custas do FPM - Fundo de Participação Municipal, cujos percentuais de repasse se reduzem aos olhos nus. Há um número expressivo de municípios que pesam mais do que contribuem com o custo e manutenção do Rio Grande do Norte. Basta ir pesquisar no IBGE e Receita Federal.
No Rio
Grande tem município como Viçosa com 1.6 mil habitantes. Municípios com média
de 2,5 mil moradores têm um bocado. De 3 a 5 mil habitantes há pelo menos uns 50.
Localidades cujas pessoas sobrevivem do emprego público e mais não sei como. Cidades
que pelo pequeno porte e desenvolvimento de nível distrital, essas cidades
poderiam estar melhores nos municípios de origem.
Não há
razões para se criar novos municípios que já nascem falidos. Há não ser pelos
políticos oportunistas, os únicos beneficiados, com as possibilidades do
surgimento de novos currais eleitorais e seus coronéisinhos de todas as siglas
para negociarem as cabeças do povo, e assim, se perpetuarem com filhos e netos
no poder. Essa é a história. O resto é invenção de carnaval.
Tem toda a
razão, a auditora fiscal Lina Vieira, quando ocupava a secretaria de tributação
do estado, anos atrás, e criticou anos essa farra de criação de municípios pela
classe política. Criam novas cidades sem viabilidades técnicas, sociais e econômicas.
O resultado
é o que vemos ai, cidades sem quaisquer infra-estrutura. Precariedade na saúde, saneamento,
educação, geração de renda, urbanização. Verdadeiros arranjos de municípios. Mas
o prefeito geralmente vai bem, obrigado.
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