terça-feira, 31 de julho de 2012

Bomba no Relógio do Sesc


O Relógio do Sesc, tradicional barzinho que funciona na sexta-feira para o happy-hour dos comerciários, com música ao vivo, pregou um susto nos freqüentadores. É que a nova gerência determinou na última semana a retirada de mais de 25 mesas, deixando os freqüentadores sem ter onde sentar. Nem os garçons, nem os caixas souberam explicar a mudança. Muita gente voltou da porta. A reclamação é grande. 
Será que querem acabar com o lazer dos comerciários?

Número 9 na Tela

 E por falar em cinema, será amanhã (02) em Mossoró, o lançamento do curta-metragem Nº 09, de Anchieta Rolim. A exibição será no Centro Cultural DoSol. Se ligue! 

Cineasta Cláudio Assis pede baixa do Agosto da Alegria


O cineasta pernambucano Cláudio Assis não vem mais para o Agosto da Alegria. Cláudio é um dos bons nomes do cinema brasileiros, autor de filmes premiados como o Amarelo Manga, Baixios das Bestas e o recém-lançado Febre do Rato, sua presença era aguardada com expectativa pelos amantes do cinema. Pediu a antecipação do cachê de 1.1000 reais, mas corre amiúde que a Fundação José Augusto se nega, só paga depois do serviço. Uma pena, quando sabemos que na música as grandes estrelas nacionais recebem a “bufunfa” antes de pisar no palco. Mas enfim, vamos para adiante. E viva o cinema!

Veja o trailler da Febre do Rato:

 

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Alcatéia Maldita reformula plano de ataque




O show Não Verás Estrado Como Este, da banda Alcatéia Maldita está remarcado para o dia 21 de setembro, com hora e local mantidos: 21h, no IFRN-Cidade Alta.

Antes previsto para 10 de agosto, a banda teve que prorrogar a data em função de outros trabalhos já agendados por membros da banda. Meras coincidências. Nada que atrapalhe o ataque. Enquanto isso, o lobo Raul (foto) vai afiando o repertório.   

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Pássaros Matinais

Tomas Tranströmer


Desperto o automóvel

que tem o pára-brisas coberto de pólen.

Coloco os óculos de sol.

O canto dos pássaros escurece.

 

Enquanto isso outro homem compra um diário

na estação de comboio

junto a um grande vagão de carga

completamente vermelho de ferrugem

que cintila ao sol.

 

Não há vazios por aqui.

 

Cruza o calor da primavera um corredor frio

por onde alguém entra depressa

e conta que foi caluniado

na Direção.

 

Pela parte de trás da paisagem

chega a gralha negra e branca. Pássaro agourento.

O melro se move em todas as direções

até que tudo seja um desenho a carvão,

salvo a roupa branca estendida no varal:

um canto da Palestina:

 

Não há vazios por aqui.

 

É fantástico sentir como cresce o meu poema

enquanto eu vou encolhendo

Cresce, ocupa o meu lugar.

Desloca-me.

Expulsa-me do ninho.

O poema está pronto.

 

(1966)

Nonato Luiz as cordas e acordes


Porque hoje é sexta-feira, Nonato Luiz e o violão em Saxofone por que choras?
Pra relaxar.

Samba faz 18 com balacobaco no Beco da Lama


A Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências (SAMBA) completa 18 anos e faz a festa neste sábado. Vai ter música, teatro, dança, fotografia, poesia e algumas homenagens. Haja balacobaco. A programação começa ao meio-dia e vai até a boca da noite, no Beco da Lama (Rua Dr. José Ivo), reduto boêmio da Cidade Alta, onde a Samba nasceu. O Ministério Público e os moradores deixaram o pagode rolar. No beco o trânsito é livre.

A programação começa com a exposição fotográfica coletiva que reúne imagens de fotógrafos que registraram o Beco da Lama nos últimos 18 anos; logo depois, os grupos de percussão Tambores do Meio-dia e Folia de Rua fazem a abertura e abrem o canto de parabéns para a Samba. Ato seguinte, a superintendente do IPHAN, Jeanne Nesi, participa de debate com os frequentadores da Cidade Alta, sobre a importância do tombamento do Centro Histórico de Natal como patrimônio cultural brasileiro.

A festa segue em frente com o ator João do Vale, interpretando um trecho da peça ‘Gota D´água’, de Chico Buarque de Holanda; depois, tome poesia, num recital atriz Eliene Albuquerque, com poemas de Antonio Francisco. Depois, os dançarinos Matheus e Natália Rodrigues, mostram o samba no pé e abre alas ao som dos Chorões do Asfalto pro povo do Beco se balançar.
Ai vai ter um breque de meia hora para homenagear personalidades e entidades participaram da história da Samba ao longo destes 18 anos.  Coisa rápida, diz a diretoria. E para fechar o programa, a Balalaika Brega Band toca, e depois a roda de samba Nós do Beco passa o rodo. Durante o evento haverá recadastramento de filiados e inscrição de novos sócios.  Pois sim!    

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Romeu e Julieta em fim da tarde na Ribeira


O badalado romance de Romeu e Julieta, escrito por William Shakespeare, ganha uma vestimenta popular na montagem do grupo cearense de teatro Garajal, que se apresenta nesta sexta-feira em Natal.  O espetáculo começa às 17h, na praça Augusto Severo, Ribeira (em frente  ao TAM). A programação faz parte do Festival de Artes Cênicas (o evento marca as comemorações dos 60 anos do Banco do Nordeste). Acesso livre.

O Garajal se utiliza das danças populares para fazer uma miscelânea com canções próprias e de domínio público. A clássica dramaturgia shakespereana se encontra com dinâmica e a diversidade dos folguedos brasileiros. A peça teatral incopora elementos dos terreiros de reisado e picadeiro; mescla jaraguá, príncipes, guerreiros, montecchios, capuletos, maracatu, pau de fita e os rituais. 

A direção é de Diego Mesquita e Mario Jorge (Maninho). O elenco reúne Aldebaran Faustino, Assis Lima, Henrique Rosa, Dielan Viana, Paula Albuquerque, Rafael Melo, Rayane Mendes e Sudailson Kennedy. Mais informações, nos tels. 3221 1816 / 9100 5352. Um bom fim de tarde.

(Foto: Bruno Soares)

As linhas de Hélio Ferro Velho no velho Caicó





O escultor Hélio Araújo, ou simplesmente Hélio Ferro Velho, como é mais conhecido na cidade está expondo seus trabalhos durante o período da Festa de Sant’Anna de Caicó.

A exposição Linhas está em cartaz na Casa de Cultura de Caicó. A visitação é aberta ao público. A mostra tem a temática variada, com o artista mesclando as paisagens regionais, costumes, animais, frutas, mulheres e artistas pop.

Ferreiro de profissão, Hélio Ferro Velho está enveredando para os lados da escultura, compondo peças bem interessantes. O escultor trabalha com vergalhões para compor as peças. Vai alinhando a técnica da serralharia com um traço personalizado, e assim vai buscando seu estilo. Promete. 

Vale uma visita.   

(Foto: Bar do Ferreirinha)

Desconstrução

Cefas Carvalho

Confissão: não mais te amo!

Como um estilete, um punhal
Um serviçal que insulta o amo
O amor estendido no varal

Submissão: aceito o não-amor
Como uma sina, um fado
Como quem destroça uma flor
E engole o espinho sagrado

Redenção: o amor morre!
Como morre a esperança
Hoje a indiferença me socorre
E o descaso me convida à dança.

 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Os patrões de Paulo Jorge Dumaresq no TCP

Em cartaz nesta quinta-feira, no TCP Chico Daniel (anexo à Fundação José Augusto), mais uma edição do projeto  Leituras Dramáticas – O Exercício da Palavra, que apresenta texto do dramaturgo e jornalista potiguar Paulo Jorge Dumaresq. A peça Os Patrões, será encenada às 20h, com acesso gratuito.

Os Patrões é uma comédia dirigida por Marcio Otavio Saes, e tem no elenco Camilla Natasha, Carminha Medeiros, Clara Menezes, Crésio Torres, Fátima Arruda, Stefano Alves, Valdelice Araújo e Victor Ferreira.  A peça é inspirada na comédia de costumes burguesa. No texto, o autor busca evidenciar o debate sobre a secular luta de classes sob a condição humana dos personagens, numa analogia ao andamento frenético do mundo moderno.

Paulo Jorge Dumaresq já escreveu 23 peças. Apenas oito foram encenadas. Algumas delas ainda são inéditas em Natal. É o caso de Os Patrões, escrita em 1995 e já foi apresentada em 12 cidades brasileiras, também em Portugal e Angola. Leituras Dramáticas é um projeto mensal, coordenado pela atriz e diretora do TCP, Sônia Santos.  A realização é da pela Secretaria Extraordinária de Cultura do RN, com intenção de dar visibilidade à obra dos dramaturgos potiguares.

Nó Cego - Antes porém, no mesmo TCP, às 18h, haverá o lançamento do livro As aventuras de Nó Cego, do escritor Manoel Julião Neto. O livro faz parte da Coleção cultura popular Secult-FJA.
 

terça-feira, 24 de julho de 2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Histórias de Marinheiros

Tomas Tranströmer

Há dias de inverno sem neve em que o mar é parente

de zonas montanhosas, encolhido sob plumagem cinza,

azul só por um minuto, longas horas com ondas quais pálidos

linces, buscando em vão sustento nas pedras de à beira-mar.

 

Em dias como estes saem do mar restos de naufrágios em busca

de seus proprietários, sentados no bulício da cidade, e afogadas

tripulações vêm a terra, mais tênues que fumo de cachimbo.

 

(No Norte andam os verdadeiros linces, com garras afiadas

e olhos sonhadores. No Norte, onde o dia

vive numa mina, de dia e de noite.

 

Ali, onde o único sobrevivente pode estar

junto ao forno da Aurora Boreal escutando

a música dos mortos de frio).

 

(1954)

sábado, 21 de julho de 2012

Aonde está meu ôto pá


Para curtir e dançar. 
No Casanova Ecobar.
O blog recomenda! 


* quer saber mais, clique no cartaz.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

La mínima noite dos palhaços mudos até sábado



O espetáculo A Noite dos Palhaços Mudos faz mini temporada em Natal, e fica em cartaz até sábado, às 20h, no Teatro Alberto Maranhão. Encenada pelo grupo teatral La Mínima (SP), a peça é uma adaptação para os palcos da HQ (História em Quadrinhos) do cartunista Laerte. A entrada custa R$ 20 inteira, com a condição da meia. 

A estréia foi na quinta feira, com uma boa receptividade entre os potiguares.  A peça, explora conflitos e a intelorancia urbana partir da comicidade física, segue a lógica do absurdo e do humor sem palavras no universo irreverente do palhaço. O texto é baseado na HQ original, publicada em 1987 na Revista Circo. A mistura de fantasia e realidade com um sotaque “policial noir” ou “clown noir” explorados pelos atores dão um toque especial ao espetáculo. 


A direção é de Alvaro Assad. O elenco tem os atores Fernando Sampaio, Fernando Paz e Paulo Federal – que substitui Domingos Montagner, temporariamente afastado; iluminação de Wagner Freire; os figurinos assinados por Inês Sacay, e música original de Marcelo Pellegrini. O La Mínima tem um trabalho reconhecido Brasil afora e coleciona premiações. A próxima parada será Mossoró. Vale a senha! 


*clique no cartaz.

Tentando a brejeira no Juvenal Lamartine


O governo do estado está de volta com a conversa de vender o Estádio Juvenal Lamartine, no Tirol, por R$ 30 milhões, para, com o dinheiro construir um hospital e um novo estádio na zona norte de Natal.

É mentira. Porque todo mundo sabe que R$ 30 milhões não são suficientes para construir um hospital decente.

É mentira. Porque todo mundo sabe que R$ 30 milhões não dar para construir um estádio decente.

É mentira também, que não há solução de engenharia para fazer as adaptações necessárias para o velho estádio voltar a ser de uso profissional. Existe sim, a engenharia e a arquitetura tem a soluções tecnológicas, é só querer e procurar.

É verdade que há sinais de má-fé.

Ademais, para que construir um novo estádio se já está sendo construída a Arena das Dunas? Estampa ai o contraditório.

Será que o governo do estado vai construir outro estádio para concorrer com o consórcio empresarial capitaneado pela OAS, que vai explorar a Arena das Dunas nos próximos 20 anos, numa concessão negociada com próprio governo? Estranha equação.

Será que cidade vai mesmo precisar de mais outro estádio, depois que a Arena das Dunas estiver concluída?  Depois que Arena do Dragão, do América Futebol Clube estiver pronta, e o Frasqueirão de vento em popa?   

Por fim, não é tarde lembrar que o velho JL é patrimônio histórico de Natal, tombado pelo município. Não pode ser vendido assim na banalidade. E ainda tem função no futebol potiguar nas categorias de base e divisões inferiores. Deve continuar sendo um campo de futebol.  

A quem interessa a venda do velho estadinho encravado na área nobre do Tirol?

A quem o governo confessa?


* O termo brejeira na política norte-riograndense em meados do século XX era sinônimo de fraude eleitoral. Sumiço das urnas (Não havia urna eletrônica) e falsificação dos mapas eleitorais.

Filosofia de parachoque




quinta-feira, 19 de julho de 2012

Os cemitérios culturais de Mossoró



Os artistas independentes de Mossoró realizam protesto nesta sexta-feira contra o descaso do poder público para com a cultura do município. A manifestação começa às 15h, com o enterro simbólico do Museu Municipal Lauro da Escóssia e do Teatro Estadual Lauro Monte Filho, no centro da cidade.

A concentração será na praça em frente ao Museu Muncipal, depois o cortejo segue até a praça onde fica o teatro. Participarão artistas de teatro, música, dança, escultura, artes plásticas, cinema, literatura e outras pessoas engajadas no movimento.

O enterro simbólico terá roupas escuras, flores, velas e outros incrementos, quer denunciar o descaso com o museu municipal (fechado há mais de 10 anos) e o Teatro Estadual Lauro Monte Filho (fechado há quatro anos). Será lido um manifesto dos grupos culturais de Mossoró, que exprime a falta de apoio e de participação dos gestores públicos nas ações culturais.

Para se ter uma idéia, Mossoró que se avoca capital da cultura não tem a lei municipal de cultura em vigor. O Pessoal do Tarará se queixa da ociosidade dos espaços culturais públicos, e também cobra uma política cultural democrática, onde as ações culturais sejam decididas em conjunto com a categoria artística da cidade.

Outros espaços de bom uso que estão abandonados são o Teatro Estadual Alfredo Simonetti, Auditório da Estação das Artes, Auditório do Colégio Estadual, e o Auditório da Reitoria da Uern.
  
É isto, seu Evaristo!