Desterrar

Paul Auster

Nômade -
até lugar-nenhum, brotando
da prisão de tua boca, tornar-se
o onde estás; lês
a fábula
que foi escrita nos olhos
dos dados: (era
palavra-meteoro, rabiscada pela luz
entre nós, e nós, contudo, no fim,
não tínhamos provas, não
podíamos produzir
a pedra). O dado-e-o-dado
possuem agora teu nome. Como quem diz
que onde quer que estejas
está o deserto contigo. Como se,
onde quer que te movas, seja
novo o deserto,
e se mova contigo.

Goga, gogó e melão

O Chile passou a reconhecer o Rio Grande como área livre da mosca da fruta e o governo anda se gabando disso. Mas o Chile também é reconhecido produtor e exportador de melão, será que o governo da taba sabe disso? 

Também quero a lagoa de volta e sem muros

Fizeram uma estrovenga na fachada principal da Cidade da Criança, que no meu tempo era a Lagoa de Manoel Felipe, com um restaurante, um pequeno parque de diversão e pedalinhos para navegar. O projeto atual é um mau gosto tremendo. Tem toda razão o jornalista Albimar Furtado no seu artigo de hoje no Novo Jornal quando reclama daquela porcaria que o governo do estado está fazendo, e que esconde a beleza da lagoa aos olhos públicos.

Podiam mesmo tirar os muros, aquela fachada horrenda, derrubar mais um bocado de prédios sem função, plantar um gramado e liberar a paisagem para quem passar na rua poder ver e desfrutar. Basta uma linda praça com a lagoa ao centro, um parque de diversões, um anfiteatro e algum quiosque. Só. Eu também sou favor desta boa ideia.

Sem esquecer de incrementar um paisagismo e urbanização decentes, sem esquecer o desassoreamento e recuperação da fauna da lagoa.  Não aquilo. Porque a lagoa já foi mais bonita e mais bucólica do que o amontoado de construções desordenadas que lá se encontram. É uma coisa confusa. Lembra o samba do criolo doido.     

Hoje eu tô com François

Mesura com chapéu alheio

Por François Silvestre

Hoje eu tô com a macaca. E já prometi a mim de amanhã que não vou apagar o mim de hoje. Tô com a macaca é força de nostalgia. Num tô nem com a mica, fêmea do sagui. Tô com nada. Só com descrença dessa merda toda de país de bosta. Desse Nordeste de cagaço. Desse Rio Grande do Norte de masturbação política. Passagem de ônibus gratuita é luta? Passagem de graça é furto. E o trabalhador sofrido, fodido, que se lasca o dia todo e vai pra casa sem levar nem um galeto congelado, vai ter de pagar a passagem dessa molecada toda? Filhos da festa, eu tava no meu tempo no seu lugar. levando porrada dos escrotos cujos descendentes mandam nessa merda, sem pedir gratuidade de nada. Exigíamos liberdade. Vocês sabem o que isso? Liberdade? Sabem não. E sabem porque vocês não sabem? Porque vocês receberam ela de graça, paga pelo chicote no lombo dos que vocês nem conhecem. Nem respeitam. Vocês vão ser paladinos da ética no futuro. Cagando regra de honestidade, após limpar-se nos contracheques gordos! Demagogia pura!

Tem mais no http://portalnoar.com/francoissilvestre/

Sugestão Clínica

Por François Silvestre

Doutora Rosalba, me parece, é pediatra. Verdade? Pois bem. Se ela for tão boa médica quanto é Governadora, é melhor você levar seu filho à rezadeira.

Do Blog: Rs rs, esse François...

Tem mais no http://portalnoar.com/francoissilvestre/

O mistério dos blecblocs

Eu não entendo por que a polícia pega leve com os baderneiros alcunhados de blecblocs. Fosse um cidadão comum fazendo metade daquelas arruaças já estaria trancafiado numa cela, respondendo processo.

A turba quebra e arrebenta e quando algum é preso acaba sendo liberado em seguida para aprontar no dia seguinte sem problema nenhum.  É estranho, é injusto esse tratamento diferenciado. 

Enquanto isso, o mostro cresce.

A Norma que partiu

Norma Bengell em Os Cafagestes

 

A atriz Norma Bengell morreu na madrugada desta quarta-feira (9), vítima de complicações decorrentes de um câncer de pulmão.  Estava com 78 anos.

Uma das principais atrizes do Cinema Novo brasileiro, Norma Bengell protagonizou o primeiro nu frontal da cinematografia nacional, no filme "Os Cafajestes", dirigido em 1962 por Ruy Guerra. Dona de uma beleza estonteante, voz sensual, Norma começou a carreira fazendo comédias de chanchada, como "O Homem do Sputinik" (1959), de Carlos Manga e protagonizada por Oscarito.

No cinema, trabalhou ainda com Walter Hugo Khouri ("Noite Vazia"), Julio Bressane ("O Anjo Nasceu"), Paulo Cézar Saraceni ("A Casa Assassinada"), Glauber Rocha ("A Idade da Terra"). Sua presença sedutora encantou também a crítica internacional, como a conceituada revista francesa Cahiers du Cinema.

Além de atriz, Norma aventurou-se também como cineasta, estreando em 1988 com "Eternamente Pagu", mas causando polêmica com sua versão de O Guarani (1987), por conta das acusações de irregularidades na prestação de contas da produção. Seu último trabalho como diretora foi  o documentário "Infinitamente Guiomar Novaes" (2003).

 

Mais no http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2013/10/09/aos-78-anos-morre-a-atriz-norma-bengell-no-rio-de-janeiro/ e http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/507549/morre-aos-78-anos-a-atriz-norma-bengell