Depois de um longo processo recheado de polêmicas e debates, o Supremo Tribunal Federal - STF decidiu em julgamento pela extradição do italiano Cesare Battisti. Mas, ao mesmo tempo, o colégio de magistrados decidiu que a palavra final será do presidente da República, Lula da Silva. Foi pra frente e pra trás.
Cesare é uma peça processual. O ato do STF foi no mínimo contraditório. Pelo menos para mim que pensava que os poderes no Brasil eram independentes. Que um julgado do Supremo Tribunal, a mais alta instância judicial brasileira, era definitivo. O Judiciário sabe que o governo é a favor de Cesare.
Ou pode ser que a decisão de devolver a questão ao Executivo foi um gesto de agrado com presidente Lula, afinal foi ele quem indicou a grande parte dos magistrados que hoje estão no STF. Pode ser mesmo como diz a oração São Francisco, é dando que se recebe. De qualquer forma o Judiciário põe em xeque a independência do seu poder. E a credibilidade, ó!
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