A nova versão do Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3, propondo a criação de uma comissão especial para revogar a Lei de Anistia de 1979, acabou provocando um estresse no governo na véspera do Natal. A proposta partiu da Secretaria de Direitos Humanos, órgão do Ministério da Justiça. As mudanças são vistas pelos militares como uma caça às bruxas da ditadura. O caso fez marola no Palácio do Planalto, e quase estraga o peru do presidente.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim procurou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dia 22 na Base Aérea de Brasília, para entregar o cargo. Solidários, os três comandantes das Forças Armadas (Exército, Aeronáutica e Marinha) decidiram que também deixariam os cargos. Depois de três dias de crise e tensão, o presidente e o ministro firmaram um acordo político, pelo qual não se muda o texto da lei.
Lula se comprometeu ainda que, em caso das propostas mudança da lei forem enviadas ao Congresso, elas não irão afrontar as Forças Armadas, e que, se necessário mobiliza a base governista para não aprovar textos de caráter revanchista.
A proposta de mudanças na lei de Anistia é mais uma insistência tola do ministro Tarso Genro, que se comporta como um velho bolchevique, e não se toca que essa história de revanchismo já está ultrapassada na civilização contemporânea.
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