O mundo por dentro
Sinto correr rios por minhas veias
e crescer estrelas em minha frente.
Sinto que sou o mundo e que sua gente
habita meus pulmões e ventila as colméias.
Tenho as entranhas cheias de flores
e o sangue dos peixes, na correnteza
que caudalosa e permanentemente
inunda minhas canções e minha tristeza.
Levo por dentro o fogo que por fora
doura os pães, seca a madeira
e produz os incêndios de verão.
As aves fazem ninho em meu pelo
cresce grama em minha pele, como no solo,
e os cavalos galopam em minha mão.
*Poeta colombiano.
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