segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Poema de Salgado Maranhão

Corda bamba

o poeta é mercador
traficante de caminhos
que vende raios,
sinfonias
e horizontes.

frugal mercador de eternidades
– porta a porto –
aos quatro cantos do luar
ao mar
ao ar
sob o tempo
e o temporal.

o poeta corre o risco
entre o amor livre
e a palavra.
está sempre atrás do pano
em plena corda bamba
do mistério.

e atravessa submerso as metrópoles
dos olhares
feito um louco solitário
que come fogo.

Um comentário:

  1. viva
    gregory corso, salgado maranhão
    viva o chão
    viva os pulos
    o poema-ópio
    viva os paulos -
    leminski e procópio!

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