É tudo aquilo que só
existe no ar,
O que de nós, além
de nós, se expande.
É a vertigem para o alto,
igual à grande
Tocata e fuga em ré
menor de Bach.
É o delírio de um
bêbedo num bar...
É um não sair do
chão por mais que se ande...
Tudo que em mim,
somente em mim existe,
Me transporta, me
absorve, me suspende,
Me faz sorrir embora
eu esteja triste,
Triste naquele
universal sentido
Que a música
interpreta e se compreende
Sem que em palavras
seja traduzido.
Dante Milano (1899/1991)
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