sexta-feira, 31 de maio de 2013
quarta-feira, 29 de maio de 2013
A linha da miséria
Por Vicente Serejo – Jornal de Hoje
Se fosse
prá ser rasteiro – ou ficaria mais elegante linear? – bastaria definir numa
frase simples e sem enigmas: para um país de massa, um partido de massa. E
estaria retratada com perfeição a relação petista com o bravo povo brasileiro.
Só um partido de massa com um projeto de manutenção populista do poder pode
festejar um programa de distribuição de renda que não retira ninguém da miséria
e com a farsa de que estamos diante de uma nova classe média, jacente e subjacente,
nesses pobres trópicos.
Quem
consulta dos dados da Secretaria de Assuntos Estratégicos – teria substituído o
Serviço Nacional de Informações por inocuidade – descobre que o governo
considera classe média a qualquer família que dispuser de uma renda domiciliar
entre R$ 1.064.00 e R$ 4.561,00.
Não
bastasse o largo espectro da faixa para abrigar o maior número de eleitores, o
limite de partida desautoriza uma classe média incapacitada para financiar
moradia, alimentação, saúde e educação a si mesma, com tal renda.
A farsa
afirma que, alcançada a linha de miséria, ou seja, R$ 70 reais mensais, o
miserável brasileiro deixa de ser miserável, segundo os dados do próprio
Ministério do Desenvolvimento Social, recentemente divulgados pela Folha de S.
Paulo. Traduzida em números, passa a ganhar
no mínimo um dólar por dia com base na régua do Banco Mundial. Ou seja: com R$
70 reais, o miserável ganha hoje um pouco mais de trinta dólares mensais,
portanto, é um homem a caminho da nova classe média.
Seria
perfeito não fosse um blefe sem o requinte dos bons jogadores de pôquer. A
Folha pediu que fossem feitas simulações com os índices de inflação e constatou
que aplicada a inflação de março de 2013 sobre os R$ 70 reais da linha-limite,
ou seja, elevando-se para R$ 77,56 reais, já tínhamos naquele mês em torno de
22,3 milhões de miseráveis. E, se a simulação recuar seus cálculos com base na
inflação de agosto de 2009 o contingente de miseráveis já chega hoje a 27,7
milhões de pessoas.
A matéria
da Folha desmonta, de uma vez, todo o discurso populista do PT e desqualifica
com a tinta forte dos números as falácias espalmadas pela presidente Dilma
Rousseff quando afirma no seu novo slogan que ‘o fim da miséria é só um
começo’. Ou, ainda, que ‘por não termos abandonado nosso povo, a miséria está
nos abandonando’, como declarou no discurso que fez em 19 de fevereiro deste
ano no lançamento da ação que já teria ‘zerado’ o número de miseráveis no
cadastro único da União.
Na matéria,
a desculpa esfarrapada do governo, como se a miséria não fosse profundamente
real e dolorosa, é que seus parâmetros se baseiam no Banco Mundial. Uma farsa
que se torna ainda mais perigosa depois do espetáculo de desespero coletivo que
o país assistiu na noite de domingo. Um simples boato do fim do ‘Bolsa Família’
acendeu um gigantesco clamor popular em todo Brasil, aceso com a chama da ira
santa do seu povo. Num Brasil onde a pobreza da oposição é a miséria da
miséria.
Fonte: www.jornaldehoje.com.br
terça-feira, 28 de maio de 2013
O teste Bolsa Familia para 2014
Depois de
negar veementemente, a Caixa Econômica voltou atrás e admitiu ter depositado o
dinheiro do programa Bolsa Família antes do dia aprazado, liberando a retirada
para todo mundo.
Há quem
diga que afinal tudo não passou de um teste sobre a disponibilidade e reposição
de dinheiro nos terminais bancários para caso de emergência eleitoral. Afinal
2014 vem ai, e a liberação de saques do dinheiro do Bolsa Família em data
antecipada pode ser uma boa moeda. Faz sentido, né.
Como o
boato se espalhou ninguém sabe ainda, ninguém admite, mas todo mundo imagina. A esta altura
dos acontecimentos fica difícil jogar a culpa no colo da oposição. Talvez o
caso seja arrumar um bode expiatório do governo, e depois botar panos
quentes, perdoar ou esquecer o assunto, como tem sido o costume nacional.
Resta aguardar
apuração da Polícia Federal, e ver qual será a posição da presidente Dilma, que
na ocasião considerou o ato criminoso e desumano. Aguardemos pois.
Caxirolas e besteirolas na malandragem da bola
As tais Caxirolas criadas pelo músico Carlinhos Brown não passam de invenção barata dos Caxixis afro-brasileiros.
Besteira besta, como diria o velho mestre jornalista Dorian Jorge Freire.
O artigo
chato e artefato de risco contra seguranças dos estádios de futebol já foram
proibidas pela Fifa nos campos da copa. Mesmo assim, serão postas á venda em nome do capitalismo abestado. Eis mais um
exemplo de esperteza e descaracterização cultural deste Brasil velho sambado.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Bandido de ponta a ponta
Por François Silvestre
O banditismo se fez, e ainda se faz, em duas pontas. O
bandido causa e o bandido resultado. Domingos Jorge Velho, herói do bandido
causa, persegue e mata Zumbi, o bandido consequência. Até hoje não se sabe quem
foi herói em Mossoró. Se Rodolfo Fernandes, o Prefeito valente, ou Jerônimo
Rosado, o esperto recuante. Porque na guerra, muitas vezes, o herói é o que
recua. O certo é que o coronelismo nordestino, banditismo causa, obriga seus
estudiosos à dúvida de quem é o herói da causa. Já o banditismo consequência
não carrega dúvidas. Todo mundo sabe quem é o bandido. O Judas a ser malhado.
Lampião é expulso todo ano de Mossoró. Mas Mossoró não consegue expulsar o
banditismo da sua causa. Enquanto isso, o povo venera Jararaca. E esquece o
túmulo de Rodolfo. Aliás, não é só o povo não. Nem os parentes de Rodolfo
visitam seu túmulo. Quando muito vão aos festejos da chuva de balas na seca de
chuva.
Mais François Silvestre no www.portalnoar.com.br
O som que vem de Manoca
O guitarrista
Manoca Barreto lança no sábado o seu mais novo cd “O Som que vem” com show no
auditório da Escola de Música da UFRN. As apresentações serão às 19h e 20h30,
com ingressos na base de 20 pratas.
Nem é
preciso falar do talento de Manoca, também professor da Escola de Música, todo
mundo que gosta de música sabe.
Bom
programa.
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