Tomas Tranströmer
Estou na montanha e vejo a enseada.
Os barcos descansam sobre a superfície do verão.
“Somos sonâmbulos. Luas vagabundas.”
Isso dizem as velas brancas.
“Deslizamos por uma casa adormecida.
Abrimos as portas lentamente.
Assomamo-nos à liberdade.”
Isso dizem as velas brancas.
Um dia vi navegar os desejos do mundo.
Todos, no mesmo rumo – uma só frota.
“Agora estamos dispersos. Séquito de ninguém.”
Isso dizem as velas brancas.
(1962)
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