segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Eu quero Kerouac em Natal


Campanha Eu Quero Kerouac em Natal, para trazer o espetáculo Kerouac – com o dramaturgo e ator Mario Bortolotto. Direção de Fauzi Arap. Apresentações previstas para abril de 2012.

O objetivo da campanha é adquirir as passagens aéreas antecipadas com custo mais barato para o grupo. Pois não há patrocínios. Os colaboradores terão direito a ingressos.

Você pode aderir à campanha entrando em contato pelo e-mail: sertaorock@ig.com.br



MÁRIO BORTOLOTTTO & KEROUAC

“Kerouac” é um projeto antigo da dupla Mário Bortolotto & Mauricio Arruda Mendonça. Os dois são escritores e fãs do escritor beat. A direção é de Fauzi Arap. O monólogo "Kerouac", uma homenagem ao autor do clássico beat "On the Road", o escritor norte-americano Jack Kerouac - uma de suas maiores influências.

“Kerouac” é um monólogo escrito por Mauricio Arruda Mendonça especialmente para o amigo Mário Bortolotto interpretar. Mostra o escritor Jack Kerouac, já velho e no final de sua vida. Ele está inchado de tanto beber e profundamente amargurado. Está casado com Stela Sampas, e mora na casa da mãe Gabriele, que está paralítica.

Kerouac não é nem de longe o herói beat e com sede de vida do começo de carreira. É sim, um sujeito angustiado que não soube administrar todo o sucesso que teve depois da publicação de seu clássico “On the Road”. Está detonado, batido pelo peso dos anos, pelo fracasso literário, pela solidão, pelo álcool e pelas drogas.

No começo da peça, Kerouac acaba de voltar de sua última viagem de carona, uma tentativa mal sucedida de repetir as façanhas de sua juventude. É madrugada do Dia de Natal e ele está tentando lembrar os fatos da viagem para escrever um novo livro e vender rápido para conseguir algum dinheiro.

Durante o monólogo, um cansado Jack Kerouac parece se empolgar às vezes com a história que está contando, mas logo cai em depressão. Ele alterna estados de ânimo que varia entre inocência, entusiasmo, paranóia e fúria alcoólica. A peça se passa na casa sombria onde Kerouac viveu seus últimos dias.

Na peça, Kerouac se queixa dos escritores, dos amigos, escancara seu lado francamente reacionário e religioso, sofre com a morte do amigo Neal Cassady e acima de tudo nos oferece um personagem demasiadamente humano, contraditório e por vezes, comovente.

Jack Kerouac morreu com 47, sozinho e abandonado. Totalmente ignorado em vida após o repentino sucesso de “On the Road”, hoje o escritor tem sua obra revista e cultuada por milhares de leitores que encontram em sua prosa espontânea uma das obras mais originais da literatura americana.

Para dirigir o monólogo, Mário convidou o também amigo Fauzi Arap, diretor que já é um mito do teatro paulistano, tido como especialista na direção de atores. É dele, por exemplo, a primeira direção profissional do clássico “Navalha na Carne” de Plínio Marcos.

Contemplado com o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), pelo conjunto da obra em 2000, e com o prêmio Shell de Melhor Ator por "Nossa Vida Não Vale um Chevrolet" (que depois virou filme), Bortolotto acumula pelo menos quarenta peças. Para encarnar o beat Kerouac, há uma diferença. "É o personagem mais importante para mim. Há uma exigência física muito grande. Embora sejam apenas 50 minutos, fico extenuado quando o espetáculo termina", conta.

Bortolotto tem vários livros publicados, que vão desde peças, poesias, coletâneas de textos veiculados em seu blog atirenodramaturgo (o blog e o nome são anteriores aos tiros que levou na noite paulistana), trabalha o seu primeiro romance. É vocalista da banda Saco de Ratos – blues e rock’n’roll.

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