A matança do setor primário

O setor agropecuário do Rio Grande do Norte se vivia difícil agora está destruído. A crise no Programa do Leite reduz em 78% a renda dos produtores rurais o RN, diz o jornal Tribuna do Norte. Para acabar de matar, o governo do estado está liberando a compra do leite em pó de outros estados para processamento nos laticínios - que ainda não fecharam as portas - para atender o programa.

A exposição de animais de Currais Novos não movimentou um centavo de negócio. Fazia tempo que não se via uma economia rural tão partida. O governo do estado deixou acabar o que ainda funcionava. Bagunçou o que existia. E veio o atraso no calendário da vacinação contra aftosa, a desarticulação de pesquisas e programas rurais para o pequeno produtor. Nem mesmo a assistência técnica. Não há política para o setor. Ainda por cima de uma seca danada.  Mas também falta criatividade. O governo atravancado precisa mudar o jeito de fazer.

Por outra, os juros dos financiamentos para os médios são os maiores possíveis. Os grandes ainda se viram, tiram proveito do seu tamanho. Enquanto os custos de produção crescem. Tirando a agricultura familiar, que tem a mão do governo federal botando os juros para baixo (entre outras bençãos), o dinheiro bancário está inacessível. Está cada dia difícil produzir no Rio Grande e no Brasil.